Skip to content Skip to footer

Ativista armamentista estadunidense é assassinado durante palestra

(Foto: Anna Moneymaker/Getty Images)

O ativista conservador de extrema-direita, Charlie Kirk, aliado próximo de Donald Trump, foi assassinado nesta quarta-feira (10). Ele foi baleado durante uma palestra na Universidade Utah Valley, em Orem. 

O disparo partiu de um prédio do campus, a cerca de 180 metros do palco, e gerou pânico imediato entre os presentes. Kirk, de 31 anos, chegou a ser levado ao hospital para cirurgia, mas não resistiu. O crime provocou forte comoção política nos Estados Unidos, com líderes de diferentes espectros repudiando o ataque.

A polícia informou que o atirador estava posicionado no Losee Center, prédio da própria universidade, mas não tinha vínculo como estudante. Inicialmente, autoridades chegaram a anunciar uma prisão, mas a versão foi corrigida: o suspeito segue foragido. Relatos colhidos pela imprensa indicam que ele usava roupas pretas, colete tático e óculos escuros, além de portar uma arma longa. O FBI assumiu a investigação e mantém buscas intensas na região.

Kirk se projetou como o principal influenciador da direita estadunidense construindo uma biografia marcada por controvérsias — em especial no tema das armas. Ele defendia o porte como “garantia última da liberdade” e tratava qualquer tentativa de restrição como ameaça autoritária, alinhando-se ao discurso mais radical da National Rifle Association (NRA).

Em declarações de forte repercussão, chegou a propor execuções públicas como instrumento de justiça e relacionou a segurança social ao encarceramento em massa. Essas posições, repetidas em palestras e entrevistas, consolidaram sua retórica agressiva e o colocaram no centro das disputas sobre violência e democracia nos Estados Unidos.

A morte de Charlie Kirk encerra a trajetória de um agitador que fez ecoar a retórica fascista em uma intensa disputa política. Mesmo defendendo violência, exclusão social e supressão de direitos, a execução pública dele e de suas ideias de ódio não podem ser normalizadas, nem servir de referência para o debate democrático. O crime, além de condenável, exacerba a urgência de enfrentar com firmeza democrática o projeto autoritário que ele representava.

Confira abaixo o vídeo do assassinato:

Bookmark

Luiz Estrela

Jornalista e criador de conteúdo no BFC, projeto em que se dedica à cobertura política nacional e internacional, além de cultura e direitos sociais, sempre com olhar crítico e linguagem acessível.

Mais Matérias

30 out 2025

Conheça Thiagson, o professor que defende o funk como caso de política, e não de polícia

Na CPI dos Pancadões, ele expôs o racismo e o moralismo que cercam o funk
31 out 2025

Lula envia ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Antifacção

Objetivo é combater organizações criminosas como PCC e Comando Vermelho; penas podem chegar a 30 anos de prisão
31 out 2025

Direita quer que EUA intervenham no Brasil, diz Gleisi

Nas redes sociais, ministra compara atuação de governadores de oposição à de Eduardo Bolsonaro

Luciano Hang é condenado a indenizar Lula por ofensas

Empresário bolsonarista divulgou ofensas através de faixas levadas por aviões no litoral de Santa Catarina no verão em 2019
31 out 2025

PL de Cláudio Castro vota contra urgência para lei de combate a sonegadores e facções criminosas

Dos 50 votos contrários, 35 vieram da bancada do PL – partido do governador do Rio de Janeiro; veja que votou contra
31 out 2025

Brasil registra menor taxa de desemprego da história, com 5,6% até setembro

Com o resultado, o número de pessoas sem trabalho chegou a 6 milhões, a menor marca já registrada

Como você se sente com esta matéria?

Vamos construir a notícia juntos

Deixe seu comentário