Na abertura da COP30 em Belém, nesta segunda (10), o governador da Califórnia, Gavin Newsom, elevou o tom contra Donald Trump ao criticar a decisão da Casa Branca de não enviar representantes de alto escalão à cúpula. A ausência fica visível nas sessões e nas mesas de negociação e reduz o peso político dos Estados Unidos nas tratativas. Newsom disse ver a Califórnia como um “proxy” para preencher o vácuo deixado por Washington.
O ataque ocorre no dia em que a conferência começa com alertas duros da ONU e com a confirmação de que, pela primeira vez em três décadas de COPs, os EUA ficaram fora do nível político. No pano de fundo, Trump conduziu um novo processo de retirada do Acordo de Paris — a ordem foi assinada em 20 de janeiro de 2025; pela regra do tratado, a saída só se torna efetiva em 27 de janeiro de 2026.
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Para Newsom, esse recuo “abandona pessoas e planeta” e sinaliza perda de liderança num momento em que as metas para manter 1,5 °C exigem aceleração. Ao justificar a crítica, o governador contrasta a postura federal com a estratégia do estado: uma delegação robusta.
Com a Natural Resources Agency, o Department of Food and Agriculture, a Public Utilities Commission, o Air Resources Board e a Secretaria de Assuntos Tribais, a comitiva abriu a agenda em São Paulo, no Global Investors’ Symposium do Milken Institute, e segue a Belém para formalizar parcerias em transporte limpo, redução de poluição e manejo florestal.
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