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Youtuber que ajudou a prender predadores sexuais no Roblox é banido da plataforma

Este não é o primeiro caso que coloca a Roblox sob escrutínio por supostas falhas na proteção de menores. (Foto: Reprodução)

Em meio aos esforços de usuários para combater abusos no Roblox, a figura do Youtuber Schelp, um dos chamados “caçadores de predadores”, ganhou destaque. Com 785 mil inscritos no YouTube, ele se infiltrava no jogo fingindo ser uma criança para expor adultos que buscavam vulnerabilidades em menores, publicando vídeos que resultaram na prisão de alguns investigados. No entanto, em 9 de agosto, sua conta foi banida pela plataforma, gerando revolta entre seus seguidores.

No vídeo em que relata o banimento, Schelp mostra o e-mail da Roblox que justifica a punição e revela que sua motivação para agir vem de ter sido vítima de abuso na infância por outro jogador, algo que, segundo ele, só foi devidamente punido anos depois, quando o agressor já havia cometido novos crimes.

A notícia do banimento se espalhou rapidamente, levando usuários a exigirem nas redes sociais a saída do CEO David Baszucki, acusado em postagens no X (antigo Twitter) de “proteger predadores” e “censurar denúncias”.

Em resposta, a Roblox emitiu um comunicado explicando que baniu “justiceiros” por violarem as regras da plataforma. A empresa afirmou que esses usuários “fingiam ser menores, abordavam outros jogadores e os induziam a conversas sexualmente explícitas em plataformas externas” — conduta expressamente proibida pelos Termos de Uso.

O texto também ressaltou a existência de canais oficiais de denúncia, incluindo um programa de “Denunciantes Confiáveis”, por meio do qual ONGs e entidades especializadas podem reportar diretamente casos de exploração infantil, terrorismo ou extremismo violento para análise prioritária.

Este não é o primeiro caso que coloca a Roblox sob escrutínio por supostas falhas na proteção de menores. Em 2022, um relatório do The Guardian revelou situações de trabalho infantil dentro do jogo, nas quais crianças eram exploradas economicamente por outros usuários sem intervenção efetiva da empresa. A reportagem criticou a ausência de mecanismos robustos para coibir abusos, levantando preocupações sobre os riscos reais a que os jovens estão expostos.

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Aquiles Marchel Argolo

Jornalista, escritor, fã de cultura pop, antirracista e antifascista. Apaixonado por comunicação e tudo que a envolve. Sem música a vida seria impossível!

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