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Witzel volta ao jogo e tenta viabilizar candidatura ao governo do Rio

Wilson Witzel
(Foto: Philippe Lima)

Quatro anos após ser afastado do Palácio Guanabara, Wilson Witzel tenta reposicionar seu nome no tabuleiro político do Rio e articula uma possível candidatura ao governo estadual em 2026. Em conversas reservadas, o ex-juiz federal tem reafirmado a aliados que enxerga um cenário “aberto” e sem favoritos consolidados. A menção irônica ao atual protagonismo de Eduardo Paes, a quem lembra a virada de 2018, é recorrente em suas falas.

Witzel, que chegou ao poder impulsionado pelo bolsonarismo e terminou isolado, enfrenta hoje a dificuldade de encontrar uma legenda disposta a abrigá-lo. Sem partido desde o impeachment, percorre gabinetes em Brasília em busca de espaço.

A tarefa não é simples: além da inelegibilidade que o acompanhou por cinco anos, já expirada, o ex-governador ainda carrega o desgaste das acusações de irregularidades na saúde durante a pandemia, ponto central do processo que o retirou do cargo.

O ex-governador insiste que foi alvo de uma ofensiva política articulada por grupos que, segundo ele, se beneficiariam da instabilidade no estado. Atribui sua queda a alianças rompidas, traições internas e à deterioração de sua relação com Jair Bolsonaro. Hoje, afirma não nutrir ressentimentos, mas mantém distância dos antigos aliados, inclusive do atual governador Cláudio Castro.

Apesar das turbulências, Witzel tenta recuperar a narrativa de 2018, quando se apresentou como alternativa ao desgaste da política fluminense. Aposta novamente no discurso de ruptura, sustentando que o Rio permanece dominado por crime organizado e estruturas que se confundem com o poder público.

Sem acenos a outros caminhos eleitorais, ele diz mirar exclusivamente o governo estadual e promete retomar o projeto iniciado em 2019. Enquanto busca um partido para viabilizar o plano, tenta reconstruir sua imagem em encontros públicos e eventos institucionais, onde ainda circula sem a projeção que teve no passado, mas com disposição para voltar ao centro do debate.

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Henrique Romanine

Jornalista, colecionador de vinil e apaixonado por animais, cinema, música e literatura. Inclusive, sem esses quatro, a vida seria um fardo.

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