A viúva do baixista Canisso, fundador dos Raimundos, Adriana Toscano, afirma que a banda interrompeu os repasses financeiros previstos nos contratos de shows após a morte do músico em agosto de 2023. De acordo com ela, os pagamentos foram feitos inicialmente, mas cessaram sem aviso prévio, acompanhados de uma mudança no CNPJ da banda sem comunicação formal à família.
Em relato divulgado nesta semana, Adriana contou que o vocalista Digão teria pedido seu apoio logo após a morte de Canisso para manter a banda ativa e para que o roadie Jean assumisse o baixo – apoio que ela concedeu publicamente. Na sequência, os Raimundos aumentaram o número de apresentações, incluindo shows em homenagem ao músico.
A viúva afirma ainda que Digão fez promessas de ajuda financeira à família durante o velório, mas que elas não se concretizaram. “Os direitos autorais das músicas dele seguem sendo pagos normalmente aos filhos via inventário. A questão está nos contratos de fechamento de shows, que eram a principal fonte de renda da banda”, explicou.
Canisso, cujo nome real era José Henrique de Almeida Fonseca, deixou quatro filhos: Mike, Lorena, Pedro e Nina. A família está agora representada por advogados e busca a regularização dos repasses referentes aos shows realizados após a morte do músico.
Procurada, a assessoria dos Raimundos ainda não se manifestou publicamente sobre as acusações. O caso levanta questões sobre os direitos financeiros de familiares de integrantes fundadores em bandas que continuam em atividade após a morte de um membro histórico. Canisso integrou os Raimundos desde a fundação, em 1987, e participou da composição de clássicos como “Mulher de Fases” e “Puteiro em João Pessoa”.
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