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Violência e apologia ao nazismo geram preocupação em escola estadual de São Paulo

As situações se tornaram públicas a partir de cartas escritas por professores, que serviram de relatos da situação caótica. (Foto: Arquivo Pessoal/Divulgação)

Localizada em Pinheiros, bairro da zona oeste de São Paulo, a Escola Estadual Godofredo Furtado virou alvo de preocupação entre alunos, professores e familiares. O estabelecimento de ensino recebeu relatos de casos de apologia ao nazismo, além de ameaças entre estudantes e, inclusive, casos de jovens que levaram armas de brinquedo para dentro da sala de aula.

As situações se tornaram públicas a partir de cartas escritas por professores, que serviram de relatos da situação caótica. Em um desses documentos, datado de maio, docentes contam que dois alunos do 9º ano, além de se referirem diretamente a Adolf Hitler durante atividades pedagógicas, desenharam suásticas em carteiras escolares.

Mas o pior ainda estava por vir. Um dos estudantes chegou ao cúmulo de fazer uma saudação nazista, declarando-se seguidor da ideologia. Segundo as observações dos professores, as ações dos alunos não eram fruto de provocações isoladas, mas de manifestações totalmente conscientes, o que despertou a preocupação dos docentes.

Outro fato ocorrido foi em agosto, com estudantes do 8º e 9º anos. Eles levaram um simulacro de arma para a instituição, publicando imagens com o objeto no banheiro da escola. A denúncia deixa claro que esses mesmos adolescentes realizaram ameaças contra colegas e professores. A situação se desenvolveu a tal ponto que a Polícia Militar acabou acionada pela direção, que apreendeu o item, registrando uma ocorrência no 14º DP.

A pedido da família, um dos alunos envolvidos acabou transferido para outra unidade estudantil, após o Conselho Tutelar ser comunicado. Mesmo com a intervenção da PM e do Conselho, familiares continuam a relatar insegurança, e a falta de uma resposta mais efetiva da direção do colégio sobre o caso. O pai de um aluno do estabelecimento relatou que seu filho, após ser ameaçado, ficou dias sem frequentar as aulas, com medo de sofrer algum tipo de violência.

A Secretaria Estadual da Educação alega que os episódios do colégio foram registrados na plataforma Conviva SP, levando ao acionamento dos órgãos competentes, e na elaboração de projetos pedagógicos voltados à reflexão sobre regimes autoritários. A pasta também garantiu que a escola vem sendo acompanhada, regularmente, pela Diretoria Regional do Estado.

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