O vice-prefeito de São Paulo, Coronel Mello Araújo (PL), afirmou que a anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é mais importante do que combater feminicídio. O comentário de Mello foi feito no último domingo (07), quando ele comparou o ato pró-Bolsonaro com a manifestação contra o assassinato de mulheres que acontecia na capital paulista.
Questionado sobre a importância do tema da violência contra a mulher, o político respondeu: “Tudo é importante, mas a pauta hoje é anistia. É o povo que está dizendo”.
Mentindo sobre a responsabilidade constitucional quando o assunto é segurança pública, Mello Araújo atribuiu ao governo federal e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a responsabilidade pelo recorde de feminicídios em São Paulo, que em 2025 já registra 53 vítimas – maior número da série histórica, segundo dados até outubro.
“O governo federal, quando o presidente da República fala que traficante não é criminoso, é vítima, é isso que acontece, o crime cresce”, declarou, sem citar fonte da fala atribuída a Lula.
O evento pró-anistia, realizado no vão livre do MASP, contou com a presença do irmão do ex-presidente, Renato Bolsonaro, que defendeu a candidatura de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) ao Planalto em 2026. “Não existe direita e esquerda, existe direita e sistema”, afirmou, classificando o senador como “o único representante da direita” na disputa.
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Sobre Michelle Bolsonaro, frequentemente mencionada por apoiadores como possível liderança, Renato disse que ela “vai entender” que o apoio deve ser integral a Flávio. “Ela é muito amada, mas o foco é um só”, acrescentou, reforçando a tentativa de alinhamento familiar em torno da candidatura do senador.
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