O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, recuou publicamente nesta segunda-feira (15) após admitir, no sábado (13), que houve um “planejamento de golpe” de Estado durante o governo Bolsonaro. A declaração original, feita durante o Rocas Festival em Itu (SP), gerou críticas imediatas de parlamentares bolsonaristas e aliados do ex-presidente.
Em entrevista à BandNews TV, Valdemar atribuiu a fala a um “erro” de expressão:
Estou me justificando, dizendo que cometi um erro. Em vez de falar ‘movimento’, falei ‘planejamento’. Foi um erro meu… estava à vontade e nem percebi. Só vi depois na gravação
disse o presidente do PL.
Na gravação divulgada nas redes sociais durante o evento – do qual participava também Gilberto Kassab, presidente do PSD –, Valdemar afirmara:
Houve um planejamento de golpe, mas nunca teve o golpe efetivamente. No Brasil, a lei diz: se você planejar um assassinato, planejou tudo, mas fez nada, não tentou, não é crime. O golpe não foi crime
comentou Valdemar.
Ele ainda criticou a qualificação judicial dos ataques de 8 de janeiro como tentativa de golpe, referindo-se aos manifestantes como “um bando de pé de chinelo” que teriam feito “bagunça” – em contraste com a interpretação do STF, que considerou os atos uma tentativa de ruptura democrática.
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O recuo de Valdemar reflete a tensão no campo bolsonarista após a condenação de Jair Bolsonaro e a pressão para alinhar o discurso político à narrativa de defesa judicial.
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