O Sistema Único de Saúde (SUS) iniciou, na última quarta-feira (3), a oferta gratuita da vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), principal agente causador da bronquiolite e responsável por cerca de 40% dos casos de pneumonia em crianças menores de dois anos. O primeiro lote, com mais de 670 mil doses, já foi distribuído para todos os estados e para o Distrito Federal.
O público-alvo prioritário são as gestantes a partir da 28ª semana de gravidez, sem restrição de idade. A orientação é de uma dose única a cada nova gestação. A vacina protege os recém-nascidos, reduzindo hospitalizações e complicações graves. A meta do Ministério da Saúde é imunizar pelo menos 80% das grávidas elegíveis. Até 2027, a pasta prevê distribuir mais de 4 milhões de doses.
“Esse é mais um passo decisivo para proteger gestantes e recém-nascidos de uma das infecções respiratórias mais graves do período neonatal. A chegada dessa vacina é uma novidade e reforça o compromisso do SUS com a prevenção e com o cuidado integral das famílias brasileiras”, destacou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha.
No Brasil, o VSR é responsável por aproximadamente 75% dos casos de bronquiolite e por 40% das ocorrências de pneumonia em crianças com menos de dois anos.
“A vacina é a base de tudo em relação à prevenção de infecções”, afirmou o ministro da Saúde, Nísia Trindade. Segundo ela, a expectativa é que, com maior disponibilidade, o público-alvo seja ampliado, incluindo também os idosos – grupo igualmente vulnerável ao vírus.
A incorporação ao calendário do SUS representa um avanço na proteção de recém-nascidos e grávidas, especialmente em períodos de sazonalidade do vírus, que costuma circular com mais intensidade no outono e inverno. A implantação ocorre de forma escalonada: enquanto alguns estados iniciaram a aplicação nesta quarta, outros, como Belo Horizonte (MG), começam a vacinação a partir da sexta-feira (4).
A inclusão da vacina foi aprovada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) no final de 2024, após análise de evidências sobre sua eficácia e custo-efetividade. A expectativa é que a medida reduza significativamente a carga de internações pediátricas por infecções respiratórias graves em todo o país.
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