Uma decisão da 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) anulou as condenações e libertou sete acusados de integrar uma quadrilha de agiotagem que atuava no interior do estado. Desde a soltura, no fim de novembro, vítimas das extorsões voltaram a receber ameaças de morte por WhatsApp, com cobranças de dívidas com juros atualizados.
“Os dono já tá tudo na ativa novamente, passando pra confirmar que você tá no atraso. Vai ter atualização de juros”, diz uma das mensagens recebidas. O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira, vai entrar com embargos de declaração para contestar a decisão, apontando inconsistências.
Ao anular as condenações, o desembargador Marco Antônio Pinheiro Machado Cogan afirmou não haver elementos para caracterizar organização criminosa, ignorando provas reunidas pelo Ministério Público. A decisão liberou inclusive o suposto líder, Evanderson Lopes Guimarães, e um policial civil acusado de acobertar o esquema.


