Depois do fracasso do projeto bolsonarista de “anistia ampla, geral e irrestrita”, o chamado “PL da Dosimetria”, que se propõe a reduzir penas dos condenados pela trama golpista, também empacou no Congresso. Até o relator da proposta, deputado Paulinho da Força (SD-SP), que antes garantia que o projeto seria votado nesta semana, junto com a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, recuou e não quer mais estipular nenhum prazo para que a iniciativa seja pautada na Câmara Federal.
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Diante da resistência tanto entre os deputados, quanto entre os senadores, Paulinho afirma que é preciso “deixar a poeira baixar”. Ele argumenta ainda que é necessário combinar o texto que será votado com o Senado. O problema é que o presidente da Casa, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), não quer nem ouvir falar na proposta.
Os defensores da redução das penas na Câmara temem que se repita na votação desse PL o que aconteceu com a “PEC da Bandidagem”, aprovada com ampla maioria pelos deputados e rejeitada sumariamente pelos senadores. Com isso, os deputados acabaram pagando sozinhos a conta do desgaste pela iniciativa, rejeitada nas manifestações populares no último dia 21.
Um dos sinais claros de que a proposta não tem como avançar no momento é que o relator tinha uma reunião marcada com, na última quarta-feira (24), com Alcolumbre e o presidente da Câmara, Hugo Motta, mas o encontro acabou cancelado na última hora, sem maiores explicações.
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