O vereador Cássio Luiz Barbosa, conhecido como Cássio Fala Pira (PL), foi preso na manhã desta quinta-feira (9/10) durante operação da Polícia Civil de São Paulo. A prisão temporária foi decretada com base em denúncias de sete mulheres, que o acusam de crimes como importunação sexual e estupro.
A operação foi coordenada pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Piracicaba e cumpriu quatro mandados judiciais: um de prisão e três de busca e apreensão. As diligências ocorreram na residência do parlamentar, em seus escritórios particulares e no gabinete da Câmara Municipal. Equipamentos como computadores e celulares foram apreendidos para perícia.
As investigações tiveram início no final de setembro, após uma mulher relatar à polícia que foi assediada dentro do gabinete do vereador no dia 22 daquele mês. De acordo com o depoimento, ela procurou Cássio em busca de auxílio para emprego, quando ele teria tocado suas partes íntimas e forçado as mãos dela sobre o próprio corpo.
O caso motivou outras vítimas a comparecerem à DDM. Seis mulheres apresentaram queixas semelhantes, descrevendo situações de constrangimento, importunação e abuso durante reuniões com o parlamentar.
Em um dos relatos, uma vítima afirmou ter sido estuprada no escritório político de Cássio durante o período de campanha eleitoral. Outra jovem, então com 19 anos, contou que uma proposta de trabalho resultou em um episódio de medo e humilhação. Uma terceira mulher declarou que buscou o vereador para pedir ajuda para o filho autista, mas desistiu ao perceber seu comportamento inadequado e insinuante.
Em pronunciamento recente na Câmara, o vereador negou todas as acusações, declarou-se inocente e afirmou não ter motivos para fugir das investigações. Sua defesa reiterou a negativa e informou que se manifestará oficialmente após ter acesso aos detalhes da decisão judicial.
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