Israel interceptou na quarta-feira (01) dezenas de embarcações da Flotilha Global Sumud, a maior iniciativa humanitária marítima já organizada em apoio à Faixa de Gaza.
Formada por entre 40 e 70 navios de mais de 44 países, a flotilha reúne ativistas, parlamentares, jornalistas e voluntários que transportam toneladas de alimentos, água, medicamentos e outros insumos essenciais em uma missão pacífica para romper o bloqueio naval imposto por Tel Aviv.
Até agora, ao menos 31 barcos foram abordados em águas internacionais e centenas de participantes levados à força para portos israelenses — entre eles a ativista sueca Greta Thunberg e a deputada brasileira Luizianne Lins (PT-CE).
A operação, considerada por governos e organizações de direitos humanos uma violação do direito marítimo internacional, provocou protestos em várias cidades e intensificou a pressão diplomática pelo fim do cerco a Gaza.
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A Marinha israelense utilizou métodos agressivos de contenção, incluindo disparos de canhões de água em alta pressão e colisões intencionais contra embarcações menores, registrados em vídeos compartilhados por ativistas. Além disso, drones e bloqueios de comunicação foram empregados para isolar os barcos e facilitar as detenções em massa.
Pelo menos dez brasileiros, além da deputada do Partido dos Trabalhadores, estão sob custódia de Israel. São eles: Thiago Ávila, Ariadne Catarina Cardoso Teles, Magno De Carvalho Costa, Gabrielle da Silva Tolotti, Bruno Sperb Rocha, Mariana Conti Takahashi, Lucas Farias Gusmão, Mohamad Sami El Kadri e Lisiane Proença Severol. Também foi detido Nicolas Calabrese, argentino residente no Brasil.
A delegação brasileira conta com 17 integrantes no total, mas ainda não há lista oficial de quem permaneceu em liberdade. O Itamaraty informou estar acompanhando o caso, em contato direto com autoridades israelenses para oferecer assistência consular e garantir a integridade física dos detidos.
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