No início da manhã de hoje (28), uma megaoperação, chamada de Carbono Oculto, colocou nas ruas cerca de 1.400 agentes para cumprir mandados de busca, apreensão e prisão contra integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com as informações iniciais, o PCC utilizou postos de gasolina para lavar mais de R$ 7,6 bilhões em impostos federais, estaduais e municipais. Além disso, foram identificados pelo menos 40 fundos de investimentos, com patrimônio de R$ 30 bilhões, controlados por membros do PCC infiltrados na Avenida Faria Lima, em São Paulo, que seriam utilizados para ocultar patrimônios.
Entre os mais de 350 alvos da Operação Carbono Oculto está a Reag Investimentos, empresa listada na B3 (Bolsa de Valores brasileira). A empresa, fundada em 2012 por João Carlos Mansur, é uma das maiores gestoras independentes do país, com foco em gestão de recursos e de patrimônio.
- Maior operação da história contra o crime organizado mira atuação do PCC na Faria Lima
- Megaoperação contra o PCC atinge Faria Lima
- Polícia desarticula quadrilha que fraudou R$ 6 milhões em financiamento de veículos no Rio
Nos últimos anos, a Reag passou por um processo de expansão, impulsionado por aquisições e diversificação de investimentos, e apareceu como patrocinadora do Belas Artes, um dos cinemas de ruas mais tradicionais da cidade de São Paulo. Já no último mês de janeiro, a empresa estreou na B3 comprando a GetNinjas, empresa que já estava listada.
A megaoperação de hoje cumpre mandados nos estados de São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro e Santa Catarina. São mais de 350 alvos, entre pessoas físicas e jurídicas, que podem responder por inúmeros crimes, entre eles crimes contra a ordem econômica, adulteração de combustíveis, crimes ambientais, lavagem de dinheiro, fraude fiscal e estelionato.
Bookmark