Uma das opções pode ser a extradição da deputada
Dois meses depois de fugir do Brasil e pedir asilo político na Itália, Carla Zambelli foi presa na última terça-feira (29), em Roma. Condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão, Zambelli é acusada de ser a responsável por articular uma invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Com isso, as atenções se voltam para os próximos passos dessa situação, já que a Justiça italiana está averiguando se autoriza a extradição da deputada, ou se ela poderá aguardar o processo em liberdade.
O ministro Alexandre de Moraes protocolou, oficialmente, o pedido de extradição de Zambelli, que foi enviado pelo Itamaraty ao governo italiano. Esse documento reúne todas as informações sobre a situação da deputada, incluindo sua condenação, os fundamentos legais e a garantia de que ela não será submetida a penas perpétuas, perseguição política, tortura e tratamento desumano.
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Porém, como o processo depende de diversas etapas legais previstas pela legislação italiana e por acordos bilaterais, o seu andamento deve ocorrer de forma complexa e sem nenhum prazo definido. Isso não significa um relaxamento para a situação política da deputada, que está bem complicada.
Por exemplo: Zambelli pediu licenciamento da Câmara por 127 dias, mas se não retornar dentro desse período, perde o seu mandato. Fora isso, ela ainda responde a um processo de cassação na Casa, por conta da condenação do STF. A defesa da deputada tenta limpar sua imagem, alegando que Zambelli se apresentou de forma espontânea às autoridades italianas.
Mas isso foi desmentido pela Polícia Federal, que informou ter sido a prisão fruto de uma cooperação internacional com a Interpol. Segundo informações, Zambelli foi denunciada por um deputado italiano, que informou à polícia o paradeiro da parlamentar, desmentindo completamente a versão de que a deputada se entregou de livre e espontânea vontade.
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