Os escândalos sobre o genocídio em Israel seguem e agora mais um duro golpe na propaganda sionista. A ex-procuradora-geral do Exército de Israel, Yifat Tomer-Yerushalmi, foi detida nesta segunda-feira (3) sob suspeita de vazamento de imagens que mostram soldados israelenses torturando e estuprando um detento palestino. A prisão ocorre após a magistrada ter desaparecido por várias horas no domingo, levantando temores de tentativa de suicídio, e após ter apresentado sua renúncia na sexta-feira, admitindo na carta de demissão que seu gabinete entregou os vídeos à imprensa.
O caso remonta a fevereiro de 2025, quando o Exército israelense indiciou cinco soldados por supostos maus-tratos a um detento palestino no centro penitenciário de Sde Teiman, instalado perto da Faixa de Gaza para abrigar palestinos detidos após o início da guerra em outubro de 2023. As acusações incluem agressões que resultaram em lesões graves – costelas quebradas, pulmão perfurado e fissura anal. Acontece que esses soldados estão sendo tratados como heróis e não investigados com transparência, inclusive com alguns deles falando justificando qualquer violência contra palestinos.
As imagens que vazaram, exibidas pela emissora Channel 12, mostram soldados segurando escudos, o que impede a visualização completa dos acontecimentos, mas sugerem a prática de atos ilícitos. O Ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben Gvir, determinou que o Serviço Penitenciário atue com “extrema vigilância” para garantir a segurança da ex-procuradora durante a detenção.
O caso ocorre em meio a denúncias internacionais: em julho de 2024, o Alto Comissário da ONU para os Direitos Humanos, Volker Türk, publicou relatório afirmando que muitos palestinos foram submetidos a tratamentos que poderiam configurar tortura desde o início do conflito. A detenção de Tomer-Yerushalmi evidencia as tensões dentro do establishment israelense sobre o tratamento de detentos palestinos e a transparência de tais casos. O que o genocida que comanda Israel fará agora pra camuflar o caso?
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