A Prefeitura de São Paulo anunciou a rescisão do contrato com a Sustenidos, organização social responsável pela administração do Complexo Theatro Municipal. A decisão ocorreu após a empresa se recusar a demitir um funcionário que criticou o ativista político conservador norte-americano Charlie Kirk em suas redes sociais.
Kirk, conhecido por apoiar Donald Trump, foi morto a tiros em 10 de setembro enquanto discursava na Universidade do Vale de Utah. O gestor de elencos da Sustenidos, Pedro Guida, compartilhou um post chamando Kirk de nazista, atitude que gerou indignação entre políticos conservadores e levou à pressão pública para que a Prefeitura encerrasse a parceria e promovesse a demissão.
Ao todo, 28 vereadores assinaram uma carta solicitando a extinção do contrato. O prefeito Ricardo Nunes destacou que tentou manter diálogo com a Sustenidos, mas a resistência da organização em demitir o colaborador foi decisiva.
Se a OS pactua com violência, ela não serve para prestar serviços à Prefeitura de São Paulo
afirmou em nota.
- Charlie Kirk pediu sanções ao Brasil, celebrou mortes palestinas e morreu por sua ideologia de ódio
- Theatro Municipal de São Paulo promove projetos para aumentar presença de mulheres na música
- Polícia Federal e Ministério Público de São Paulo disputam protagonismo em operação contra PCC
Segundo a administração municipal, a decisão não se limitou ao episódio nas redes sociais. Desde 2023, o Tribunal de Contas do Município já vinha apontando irregularidades no edital que garantiu a gestão à Sustenidos em 2020. Na sexta-feira (19), a Prefeitura recebeu um novo ofício do órgão com prazo de 48 horas para responder sobre a abertura de uma nova licitação para o complexo cultural.
O caso ocorre em meio a uma onda internacional de cobranças por demissões de pessoas que criticaram Charlie Kirk, incluindo mobilizações de admiradores do ativista que pressionam empresas e organizações. No Brasil, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) tem sido um dos nomes mais ativos nesse movimento.
Bookmark