Os preços dos alimentos para os brasileiros caíram pelo segundo mês seguido, ajudando a segurar a inflação, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) de julho, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12). Em julho do ano passado, a taxa ficou em 0,38%.
O grupo alimentos e bebidas caiu 0,27% no mês passado, representando alívio de 0,06 pontos percentuais no IPCA do mês. Essa queda foi a maior desde agosto de 2024 (-0,44%). Desde então, o grupamento teve nove meses seguidos de alta, antes de cair em junho e julho.
A queda em julho foi puxada pela alimentação no domicílio (-0,69%), com destaques para batata-inglesa (-20,27%), cebola (-13,26%) e arroz (-2,89%). Em junho, os alimentos já tinham recuado 0,18%.
De acordo com cálculos do gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves Gonçalves, se os alimentos não tivessem ficado mais baratos na média, o IPCA de julho seria de 0,41% em vez de 0,26%.
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Três grupos tiveram deflação
Dos nove grupos de preços apurados pelo IBGE, três apresentaram deflação (recuo de preços) em julho. Além de alimentos e bebidas, recuaram também vestuário (-0,54%) e comunicação (-0,09%).
Conta de luz mais cara
A conta de luz mais cara pressionou a inflação oficial no mês de julho, fazendo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechar em 0,26%, acima do registrado em maio (0,24%).
Com os dados divulgados nesta terça-feira (12), o IPCA acumula 5,23% em 12 meses, fora do centro da meta de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual (p.p.) para mais ou para menos, ou seja, indo até 4,5%.
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