A Justiça de São Paulo manteve em liberdade o policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida, acusado de matar pelas costas o marceneiro Guilherme Dias no último dia 4 de julho. O PM chegou a ficar preso por menos de duas semanas no final de agosto, mas foi solto mediante decisão do desembargador Marco de Lorenzi, da 14ª Câmara de Direito Criminal.
Em 23 de setembro, os advogados da família da vítima pediram nova prisão preventiva, alegando que o policial estaria coagindo a única testemunha do crime — um colega de trabalho de Dias que presenciou o homicídio a poucos metros de distância.
No entanto, em decisão da última sexta-feira (17), a juíza Paula Marie Konno, da 2ª Vara do Júri da capital, rejeitou o pedido. Para a magistrada, o fato de a testemunha ter abandonado o emprego, mudado de endereço e apresentado versões distintas em seus depoimentos não seria suficiente para comprovar coação.
Ela destacou que a testemunha começou a faltar ao trabalho em 20 de agosto, quando o réu já estava preso há mais de cinco dias — o que, em sua avaliação, “esvazia a alegação da acusação”. Quanto à mudança de endereço, a juíza também afirmou não haver “elementos concretos” que permitissem relacioná-la a uma possível intimidação.

RELEMBRE O CASO
O crime aconteceu na noite do dia 4 de julho, na Estrada Turística de Parelheiros, zona sul de São Paulo. O marceneiro Guilherme Dias Santos, de 26 anos, voltava do trabalho quando foi atingido na cabeça por um tiro na cabeça disparado pelo policial militar Fábio Anderson Pereira de Almeida.
Segundo informações da época, o PM reagiu a uma tentativa de roubo praticada por um grupo de motociclistas e atirou contra os suspeitos. Em seguida, viu um homem correndo e atirou novamente. Esse homem era Guilherme, que seguia em direção a um ponto de ônibus e não tinha relação com a ocorrência.
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