A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (30) a 2ª fase da Operação Magna Fraus, em parceria com o CyberGAECO do Ministério Público de São Paulo — grupo especializado em investigações de crimes cibernéticos e financeiros complexos. A ação mira um esquema que desviou mais de R$813 milhões de contas de reserva usadas por bancos e instituições de pagamento no ambiente do Pix.
Estão sendo cumpridos 26 mandados de prisão e 42 de busca e apreensão em 11 cidades de seis estados e no Distrito Federal, além de prisões no exterior e bloqueios judiciais que somam até R$640 milhões. A investigação é desdobramento do ataque hacker que atingiu, em julho, a empresa C&M Software — responsável por interligar instituições financeiras ao Sistema de Pagamentos Brasileiro.
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A invasão resultou no roubo de credenciais que permitiram aos criminosos tentar desviar quase R$ 1 bilhão de contas de reserva mantidas por instituições financeiras junto ao Banco Central — utilizadas para transferências interbancárias e recolhimento de compulsórios. Um funcionário terceirizado da empresa foi identificado como cúmplice e preso na primeira fase da operação.
Desde então, a PF e o CyberGAECO rastrearam as movimentações e descobriram um esquema de lavagem de dinheiro baseado em criptoativos, veículos de luxo e bens de alto valor, usados para ocultar a origem dos recursos desviados.
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