A Polícia Federal (PF) identificou indícios de que o ex-presidente Jair Bolsonaro teve acesso antecipado ao conteúdo da defesa do general Mario Fernandes, um dos réus no processo sobre a tentativa de golpe de Estado, violando medidas cautelares determinadas pela Justiça. A informação consta no relatório em que a PF indiciou Bolsonaro e seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por obstrução de Justiça no caso das sanções dos Estados Unidos.
De acordo com as investigações, um arquivo encontrado no celular do ex-presidente, apreendido pela PF , é idêntico ao documento protocolado pela defesa do militar perante o Supremo Tribunal Federal (STF). O relatório destaca que ambos os arquivos tinham o mesmo número de páginas e que a versão oficial foi registrada no STF cerca de uma hora após a criação do arquivo no aparelho de Bolsonaro.
Tendo em vista a notória semelhança entre o conteúdo do arquivo encontrado no aparelho celular do ex-presidente com aquele protocolado nos autos da PET 12.100/DF pela defesa do réu Mário Fernandes, evidencia-se que Jair Messias Bolsonaro teve acesso prévio ao conteúdo relacionado à defesa do general
afirmou a PF.
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O general Mario Fernandes, que ocupou o cargo de secretário executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro, está preso desde novembro do ano passado. Segundo a PF, ele elaborou um documento intitulado “Punhal Verde e Amarelo”, que continha um planejamento voltado para o “sequestro ou homicídio” do ministro Alexandre de Moraes, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do vice-presidente Geraldo Alckmin.
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