O ex-conselheiro espiritual de Donald Trump e pastor estadunidense Robert Morris foi condenado na última quinta-feira (02) por abuso sexual infantil. Figura de destaque da direita cristã, o pedófilo declarou-se culpado por cinco acusações cometidas entre 1982 e 1987, em Oklahoma.
A confissão integra um acordo judicial que prevê dez anos de pena suspensa, com seis meses de prisão imediata, liberdade condicional, registro vitalício como agressor sexual e pagamento de US$ 270 mil à vítima.
Aos 64 anos, Morris construiu projeção política como fundador da Gateway Church, uma das maiores igrejas evangélicas dos Estados Unidos. Tornou-se aliado próximo de Trump durante a campanha presidencial de 2016, quando sua “megachurch” — termo usado nos EUA para templos que reúnem mais de duas mil pessoas por semana — chegou a reunir 30 mil fiéis semanalmente.
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Sua ascensão no círculo político-religioso conservador se consolidou com a entrada no conselho evangélico informal da Casa Branca, grupo que assessorava Trump em pautas de interesse da direita cristã. Ao lado de figuras como a televangelista Paula White e o psicólogo James Dobson, Morris integrou um dos núcleos mais influentes de mobilização pró-Trump.
O pedófilo já havia admitido os abusos em 1987 a familiares e líderes religiosos, mas a polícia não foi acionada. Em 2005, tentou pressionar a vítima, Cindy Clemishire, a assinar um acordo de confidencialidade, que ela recusou. O caso só avançou em 2024, quando a vítima tornou públicas as acusações, levando ao processo criminal que culminou na condenação da semana passada. Atualmente, Morris cumpre os seis meses de prisão determinados pela sentença no Condado de Osage, em Oklahoma.
Assista abaixo ao momento da prisão:
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