O prêmio Nobel da “Paz”, dado a Maria Corina, ascende um grande alerta no Brasil. O mundo mudou. A corrida por recursos naturais não é mais só sobre petróleo. Agora, é sobre os minérios que alimentam nossa era digital. E nesse novo tabuleiro geopolítico, duas nações sul-americanas se tornaram peças-chave: Venezuela e Brasil.
Por décadas, a Venezuela, com as maiores reservas de petróleo do mundo, com 17% de todo o Petróleo global, foi um foco de interesse e tensão. Para pressionar o governo de Caracas, os Estados Unidos implementaram um rigoroso regime de sanções econômicas.
São 1040 sanções aplicadas nas últimas duas décadas, com um pico crítico a partir de 2017, que praticamente proibiu o comércio de petróleo Venezuelano e congelou os ativos do país no exterior. Além disso é público e notório o financiamento dos Estados Unidos, há opositores do Governo Maduro, que pedem mais sanções ao país, com o mesmo modus operandi do Deputado Federal Eduardo Bolsonaro, um verdadeiro TRAIDOR DA PÁTRIA!
MARIA CORINA é o Real Madrid dos pedidos de sanções ao seu país e Eduardo Bolsonaro seria um time da quarta divisão do futebol de Israel em termos comparativos, ao ponto de MARIA CORINA apoiar o cerco militar ao seu próprio país e dedicar o seu prêmio Nobel da guerra ao Presidente TRUMP.
O objetivo declarado é promover uma mudança de Governo, não se trata de democracia. Mas a estratégia real que envolve segurança energética: tentar controlar o fluxo do maior recurso venezuelano e evitar que ele fortaleça outros rivais globais como Rússia e China.
Enquanto isso, o Brasil emerge com um tesouro diferente, mas igualmente crucial: as terras raras. Esses 17 elementos são absolutamente vitais para a produção de ímãs de alta potência, baterias, chips e tecnologia militar. Para os EUA, diversificar a cadeia de suprimentos de terras raras é uma questão de segurança nacional.
A China, domina mais de 80% desse mercado e tem quase 45% desse recurso em suas terras. O Brasil, com 22%, é o segundo país que detém a maior quantidade de terras raras no mundo, somente atrás da China e é visto como uma alternativa estratégica essencial para reduzir essa dependência e assegurar o futuro da indústria militar e de alta tecnologia dos Estados Unidos da América.
Vocês acham que se os Estados Unidos invadirem a Venezuela, não irão invadir o Brasil? Qual é mais fácil? Roubar do Brasil ou enfrentar o Exército Chinês? Acho que o último desfile militar Chinês, responde bem essas perguntas.
De um lado, petróleo e pressão máxima por meio de sanções e acusações de que não existe democracia. Do outro, terras raras e acusações que o Brasil não é um país democrático, porque condenou uma tentativa de golpe, que iria justamente entregar as terras raras para os Estados Unidos. Dois recursos, duas abordagens, a mesma desculpa de levar democracia aos dois países e um mesmo objetivo final: garantir a hegemonia tecnológica, energética e militar dos Estados Unidos no século XXI.
Nós não estamos falando sobre democracia! Afinal de contas, os Estados Unidos, apoiaram a ditadura militar que durou 21 anos no Brasil. Não é sobre Democracia! É sobre soberania, geopolítica e o futuro da nossa região.
FABIANO TROMPETISTA, ESTUDANTE DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
