A Polícia Federal deflagrou na última quarta-feira (08) a Operação Nacional Proteção Integral III, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública com apoio das Polícias Civis de 16 estados, para combater crimes de abuso sexual contra crianças e adolescentes, sobretudo praticados pela internet.
Foram cumpridos 182 mandados de busca e apreensão e 11 de prisão preventiva, resultando em 55 prisões em flagrante, duas apreensões de jovens e o resgate de três vítimas. Mais de 890 agentes participaram da ofensiva nacional.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou a ação como parte de uma “limpeza no país” contra a exploração sexual. Já o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, destacou a integração das forças policiais ao novo Estatuto Digital da Criança e do Adolescente (Lei 15.211/2025).
- Médico suspeito de abuso infantil é liberado por decisão judicial
- Trabalho infantil cai mais entre beneficiários do Bolsa Família, aponta IBGE
- Mais de 60% das denúncias de crimes cibernéticos envolvem abuso infantil, aponta pesquisa
A lei, aprovada após intensa articulação do governo e de sua base, foi considerada uma vitória expressiva da esquerda no Congresso e obriga as plataformas a remover rapidamente conteúdos abusivos e reforçar medidas de proteção no ambiente online.
Apenas entre janeiro e setembro deste ano, a PF já havia executado mais de 1,6 mil mandados de prisão contra condenados por crimes sexuais, consolidando a prioridade do Executivo no tema.
Especialistas em proteção infantojuvenil ressaltam que, embora o novo Estatuto Digital represente avanço inédito ao impor responsabilidades diretas às plataformas, a efetividade da proteção depende também da atuação das famílias e da ampliação de políticas públicas que ofereçam alternativas de convivência e lazer fora do ambiente virtual.
Assista abaixo à fala do presidente Lula sobre a operação:
Bookmark
