O Nubank viveu dias de tensão após anunciar o fim do modelo 100% remoto e a adoção do trabalho híbrido. A decisão, comunicada na última quinta-feira (6), gerou uma forte reação interna que terminou com a demissão de 12 funcionários na sexta-feira (7).
A mudança prevê que, a partir de julho de 2026, 70% da equipe trabalhe presencialmente dois dias por semana, e, em 2027, o número suba para três dias. Até agora, os colaboradores precisavam comparecer aos escritórios apenas uma semana por trimestre, um dos regimes mais flexíveis do setor financeiro.
Durante uma reunião que reuniu cerca de 7 mil dos 9,5 mil empregados, parte do grupo reagiu de forma agressiva à nova política. Segundo relatos, houve discussões acaloradas e mensagens ofensivas no chat da videoconferência, o que levou o comitê de conduta da empresa a agir. Após análise interna, o banco decidiu demitir 12 pessoas e aplicar advertências a outros envolvidos.
- Banco Central fecha o cerco contra contas usadas pelo crime organizado
- Câmara derruba taxação de bancos e bets para sabotar governo e o país
- Demissões em massa no Itaú levantam polêmica sobre monitoramento no home office
Em comunicado interno, a direção reforçou que o Nubank mantém espaços abertos para debate, mas não aceita atitudes consideradas desrespeitosas. O CEO, David Vélez, reconheceu que a mudança poderia gerar desconforto, mas defendeu que o novo formato busca fortalecer a cultura organizacional e o trabalho em equipe.
Nos fóruns internos, funcionários expressaram preocupações com a logística da volta ao escritório, especialmente quem vive longe de polos do Nubank, como São Paulo. Outros apontaram que a transição pode ampliar desigualdades entre regiões, já que a maioria dos escritórios está concentrada no Sudeste.
Bookmark