O presidente da Câmara Federal, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou nesta sexta-feira (08) que reunirá os integrantes da Mesa Diretora da Casa para decidir ainda hoje sobre a abertura de representações contra os deputados bolsonaristas que paralisaram a Casa por dois dias na tentativa de forçar a entrada em pauta da anistia para os golpistas de 8 de janeiro e o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Motta defendeu a punição dos culpados.
Eu acho que deve ter punição, porque o que aconteceu realmente foi muito grave, até para que isso não volte a acontecer. Não podemos concordar com o que aconteceu, temos que ser pedagógicos nessa situação
disse.
Cinco parlamentares são alvo de pedido do PT, PSB e PSOL pelo afastamento dos que participaram do motim para tentar forçar Motta a pautar a anistia a Bolsonaro e aos golpistas de 8 de janeiro, paralisando por dois dias os trabalhos do Legislativo. Foram denunciados Marco Pollon (PL-MS), Paulo Bilynskyj (PL-SP), Zé Trovão (PL-SC), Marcel van Hattem (Novo-RS) e Júlia Zanatta (PL-SC).
Motta afirmou que a pauta do Plenário será definida na reunião de líderes da próxima terça-feira (12) pela manhã, e ainda não está definida a votação do projeto de anistia e nem do fim do foro privilegiado.
- Motta diz que vai punir “amotinados” e não negocia pauta
- Obstrução de bolsonaristas no Senado pode prejudicar 10 milhões de brasileiros
- Jornalista questiona legalidade de protesto bolsonarista e viraliza
Era um precedente gravíssimo que se abriria: ir lá sentar na Mesa e dizer que só sai quando votar a pauta que aquele partido quer. Isso não está correto, isso não é aceitável e nós não vamos permitir
defendeu.
O presidente da Câmara reconheceu que há na Casa um “sentimento de incômodo” com algumas decisões do Supremo Tribunal Federal (STF).
Isso é natural entre um Poder e outro
justificou.
BookmarkNós temos que, de certa forma, olhar esse sentimento com atenção, com preocupação, e a partir daí tentar encontrar o que seria o caminho possível de matérias legislativas que possam fortalecer as prerrogativas parlamentares
alegou.