Durante o voto no STF, Alexandre de Moraes chamou atenção para o longo período de quatro meses em que o processo esteve em julgamento e destacou que, nesse intervalo, nenhuma das oito equipes de advogados de defesa conseguiu apresentar provas relevantes que contestassem a denúncia. Segundo o relator, não foram juntados documentos, gravações ou elementos que pudessem enfraquecer as evidências reunidas pela investigação, o que, para ele, reforça a consistência do material já analisado pelo Supremo.
Moraes argumentou que as defesas se limitaram a repetir teses genéricas ou preliminares já superadas, sem enfrentar o mérito das acusações. Esse comportamento, avaliou o ministro, demonstraria não apenas a fragilidade da estratégia dos acusados, mas também a tentativa de prolongar artificialmente a tramitação da ação penal.
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Para o relator, o silêncio probatório das defesas contrasta com o volume de depoimentos, relatórios da Polícia Federal e demais provas documentais que apontam para a existência de uma trama organizada para tentar o golpe de Estado.
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