Em decisão tomada nesta quarta-feira (10), o ministro Alexandre de Moraes, do STF, deu 24 horas para que a Polícia Penal do Distrito Federal apresente um relatório detalhado sobre a escolta que acompanhou o ex-presidente Jair Bolsonaro a um hospital particular na terça-feira (9).
O ministro questiona especificamente por que Bolsonaro não foi conduzido imediatamente de volta à sua residência após receber alta médica, em vez de permanecer no local e interagir com a imprensa e apoiadores. Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar, foi ao hospital DF Star para a retirada de oito lesões de pele – encaminhadas para biópsia –, autorizada pelo STF com base em um pedido médico.
O ex-presidente foi fotografado e filmado do lado de fora do hospital, de braços cruzados e ao lado de seu filho, o vereador Jair Renan (PL-SC), enquanto aguardava o médico que realizou o procedimento. Apesar da presença de apoiadores e jornalistas, Bolsonaro não fez declarações.
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A prisão domiciliar à qual Bolsonaro está submetido não decorre de sua recente condenação a 27 anos de prisão (que ainda está sujeita a recursos), mas de investigação sobre a posse de uma minuta de pedido de asilo na Argentina e descumprimento de medidas judiciais anteriores.
Moraes determinou que o relatório deve incluir detalhes do veículo utilizado, identidade dos agentes presentes e justificativa formal pelo atraso no retorno após o término do procedimento médico.
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