Militares do Exército fizeram obras de terraplenagem no local do acampamento golpista no quartel-general em Brasília, no final de 2022. O fato foi revelado por vídeos entregues por um dos golpistas que participou da tentativa de explosão de uma bomba no aeroporto da capital federal.
Nas imagens, aparecem uma retroescavadeira e um caminhão dirigidos por militares usados para melhorar as condições do terreno onde simpatizantes de Jair Bolsonaro (PL-RJ) acamparam após a derrota do então presidente nas eleições de 2022 para pedir a intervenção do Exército contra a posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva.
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Bomba
Os vídeos foram entregues à Procuradoria Geral da República por Wellington Macedo, preso por participação na ação que pretendia explodir uma bomba no aeroporto de Brasília em 24 de dezembro, sete dias antes da posse de Lula. A defesa de Macedo tentou fechar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal. O MPF, porém, não aceitou a proposta.
O Exército alega que as obras foram feitas por “manutenção do terreno em frente ao quartel-general em razão da lama no local, na área onde os golpistas acamparam. Em 11 de novembro de 2022, os comandantes militares divulgaram uma nota conjunta, afirmando que não agiria para remover os acampamentos ilegais, alegando que as “demandas” dos golpistas eram “legítimas”.
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