Apesar do tarifaço imposto pelo governo Trump a pedido do clã Bolsonaro, a balança comercial brasileira fechou o mês de agosto com superávit de US$ 6,133 bilhões, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (04) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). No mês passado, as exportações somaram US$ 29,861 bilhões, enquanto as importações ficaram US$ 23,728 bilhões. Com isso, a corrente de comércio de ficou em US$ 53,589 bilhões no mês passado.
Brasil e China reforçam parceria e prometem enfrentar “atos de intimidação” juntos
Tarifa dos EUA ao café brasileiro provoca disparada histórica nos preços globais
Brasil é o “adulto da América”, diz “The Economist”, a “bíblia” do Liberalismo
Exportações para os EUA caíram 18,5%
Em relação aos Estados Unidos, o mês registrou uma queda de 18,5% no volume de exportações. O minério de ferro apresentou uma queda de 100%, com nenhuma exportação para os Estados Unidos.
A maior queda foi nas vendas de aeronaves e partes de aeronaves, que tiveram uma redução de 84,9%. Em seguida o açúcar com queda de 88,4% e motores e máquinas não elétricos que tiveram redução de 60,9%.
Já a carne bovina fresca teve queda de 46,2%; máquinas de energia elétrica com redução de 45,6%; celulose teve redução de 22,7%, produtos semiacabados de ferro e aço, com queda percentual de queda 23,4%; óleos combustíveis com queda de 37%; e madeira que registrou queda nas exportações de 39,9%.
Antecipação de vendas em julho determinou resultado
De acordo com o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior, Herlon Brandão, a queda ocorreu em razão da antecipação nas vendas, em julho, antes do início do tarifaço aplicado pelo governo de Donald Trump.
“Atribuo isso muito à antecipação que ocorreu em julho, quando houve uma carta no dia 9 de julho afirmando que as tarifas iam aumentar em 50% para o Brasil e isso gerou incerteza entre os exportadores e tivemos crescimento das exportações para os Estados Unidos de 7%”, explicou.
Bookmark