A COP30 começou nesta segunda-feira (10) e colocou Belém no foco das discussões internacionais sobre o futuro do planeta. Diante de chefes de Estado e representantes de mais de 170 países, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu que investir no combate à crise climática é “muito mais barato do que financiar guerras”. O discurso, firme e simbólico, marcou o início de uma conferência que promete debates intensos sobre o futuro do planeta.
Lula destacou o contraste entre os trilhões gastos em conflitos e os valores necessários para frear o aquecimento global, classificando o momento atual como uma “escolha civilizatória”. Para ele, a COP30 precisa sair do campo dos discursos e se tornar a “COP da verdade”, onde compromissos se transformem em ações concretas.
Ao lembrar que a Amazônia é “casa de 50 milhões de pessoas e 400 povos indígenas”, o presidente ressaltou a importância de sediar o evento no coração da floresta, reforçando que a região não é um símbolo distante, mas uma realidade que exige políticas permanentes de proteção e desenvolvimento sustentável.
- Tornado devasta cidades do Paraná e deixa, pelo menos, 6 mortos e 600 feridos
- Brasília sedia em novembro o 1º Encontro Nacional dos Comitês de Cultura com presença de Lula
- Lula envia ao Congresso Nacional o Projeto de Lei Antifacção
Lula divulgou o documento “Chamada à Ação”, que reúne as propostas brasileiras para uma transição ecológica justa, baseada no fortalecimento do financiamento climático, no avanço tecnológico e na colaboração entre nações. Também defendeu a criação de um Conselho do Clima na ONU para fiscalizar o cumprimento das metas globais.
O presidente alertou ainda que os efeitos do aquecimento já são visíveis, citando desastres recentes no Caribe e no Paraná, e reforçou que o colapso climático atinge de forma mais dura as populações vulneráveis.
Até o dia 21, mais de 50 mil participantes, entre diplomatas, cientistas e ativistas, devem passar por Belém. A expectativa é que a COP30 consolide o protagonismo brasileiro nas negociações ambientais e deixe um legado histórico para a Amazônia.
Bookmark