Lula entrou em ação para conter a apreciação dos vetos ao projeto que trata do Licenciamento Ambiental no Congresso Nacional. A movimentação, articulada diretamente pelo presidente, assegurou ao Planalto um respiro político num momento considerado sensível. A avaliação dentro do governo é de que o adiamento evita um desgaste às vésperas da COP30, encontro internacional sobre o clima que acontecerá em novembro, em Belém.
Nos bastidores, o governo avaliava que uma votação nesta semana resultaria na derrubada dos vetos presidenciais — o que seria interpretado como um retrocesso na política ambiental brasileira e geraria constrangimento internacional. A decisão de Lula de se envolver diretamente na articulação reforça que a pauta ambiental é prioridade de governo, e não apenas do Ministério do Meio Ambiente.
A Secretaria de Comunicação Social prepara uma mobilização ampla, com participação de artistas e influenciadores, para aproximar o debate sobre licenciamento ambiental do cotidiano da população. A estratégia é usar as redes sociais e a COP30 como palco para ampliar o diálogo com a sociedade e pressionar o Congresso.
- Câmara mostra mais da sua cara e suspende andamento de processo contra deputado Gustavo Gayer no Supremo Tribunal Federal
- Deputados e senadores têm direito a apartamentos de 225 m², quatro quartos e três banheiros
- Centrão tinha mais de 300 cargos e seguia votando contra pautas do governo
Organizações ambientais comemoraram o adiamento. Para entidades como Greenpeace e Avaaz, a decisão dá tempo para fortalecer a mobilização social e construir uma base política capaz de manter os vetos.
O cenário anterior era de retrocesso. Agora, temos fôlego para dialogar e mostrar o que está em jogo
avaliam representantes.
Apesar do respiro momentâneo, especialistas alertam que a disputa está longe de terminar. Mesmo após a COP, o tema voltará ao Congresso e poderá ser judicializado, caso o texto original — considerado um risco ao sistema de proteção ambiental — seja restabelecido.
Bookmark