Sem surpresa: Um grupo de líderes jovens do Partido Republicano nos Estados Unidos está no centro de um escândalo político após o vazamento de mensagens racistas, antissemitas e xenofóbicas em um canal privado do Telegram. Entre os participantes do grupo está pelo menos um funcionário do governo Trump, além de diversos dirigentes de alas juvenis do partido em vários estados.
As mensagens, reveladas pelo site Politico, incluíam:
- Referências a pessoas negras como “macacos” e “povo da melancia”, recorrendo a estereótipos raciais históricos;
- Declarações de apoio a políticos que “apoiavam a escravidão”;
- Afirmações como “amo Hitler” e chamados para “garantir um futuro para as crianças brancas”;
- Comentários que descreviam um caso de estupro como “épico” e ameaças como “ir para a câmara de gás” dirigidas a opositores.

JD Vance minimiza o caso
O vice-presidente JD Vance comentou o episódio em um podcast conservador, classificando as mensagens como “piadas estúpidas” e defendendo que os jovens envolvidos não deveriam ter suas vidas arruinadas por isso.
— É isso que as crianças fazem — afirmou Vance, sem condenar o conteúdo racista ou supremacista.
Envolvidos ocupam cargos políticos
Dentre os participantes identificados estão:
- Michael Bartels, consultor sênior em um órgão federal sob o governo Trump, que chegou a reagir a algumas mensagens sem contestá-las;
- William Hendrix, Bobby Walker e Peter Giunta, todos em cargos de liderança em organizações juvenis republicanas estaduais;
- Sam Douglass, senador estadual em Vermont, que teve seu afastamento exigido publicamente por outros republicanos, incluindo o governador Phil Scott.
A Federação Nacional dos Jovens Republicanos classificou as mensagens como “impróprias para qualquer republicano” e pediu que os envolvidos se afastassem de seus cargos. A pressão interna cresce, com setores do partido exigindo uma resposta mais contundente à conduta dos membros do grupo, que têm entre 24 e 35 anos.
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