Um grupo de jornalistas fez um ato de protesto, nesta quarta-feira (10), na Câmara dos Deputados contra censura e ação violenta de policiais legislativos cometidos na terça-feira (09), por ordem do presidente da Casa, Hugo Motta (Repub-PB). Convidado, Motta não compareceu a um encontro com uma comissão de representantes da imprensa para tratar do episódio.
Durante retirada à força do deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) da cadeira da presidência no plenário, o sinal da TV Câmara, que transmitia ao vivo a sessão, foi imediatamente cortado e jornalistas, fotógrafos, cinegrafistas e assessores de imprensa foram retirados do local pela Polícia Legislativa.
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As agressões foram cometidas na mesma sessão em que a Câmara votou, por decisão de Motta, e aprovou o chamado “PL da Dosimetria”, que reduz penas de Jair Bolsonaro e demais condenados pela tentativa de golpe de estado.
Imagens e relatos mostram ação truculenta de policiais legislativos contra repórteres, cinegrafistas e fotógrafos que tentavam realizar seu trabalho. Alguns profissionais precisaram de atendimento médico por conta de agressões, que incluíram puxões, cotoveladas e fortes empurrões.
Denúncia na Justiça
Em nota, a Associação Brasileira de Imprensa informou que irá entrar com ações judiciais contra o presidente da Câmara pelas “violências cometidas pela Polícia Legislativa, na sessão da terça-feira (9), contra jornalistas, parlamentares e servidores da Casa e a liberdade de imprensa”.
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