O presidente Javier Milei admitiu neste domingo (05), em entrevista ao vivo no canal LN+, que a prisão de Cristina Kirchner foi um ato de “vingança”. Ele disse ter sido o primeiro mandatário a assumir essa decisão e declarou-se responsável pelo encarceramento da ex-vice-presidente. A fala provocou reação imediata: advogados de Kirchner denunciaram Milei por abuso de autoridade e intromissão no Judiciário nos tribunais de Comodoro Py.
Cristina foi condenada em 2022 a seis anos de prisão e à inabilitação vitalícia no caso Vialidad. A sentença foi confirmada pela Suprema Corte em junho de 2025. Desde então, a ex-presidente cumpre prisão domiciliar aos 72 anos. A confissão de Milei reforça acusações de lawfare e reacende o debate sobre o uso político da Justiça na Argentina.
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A declaração pública de Milei coincide com um momento de fragilidade política em seu governo. Recentemente, seus vetos a leis que ampliavam recursos para universidades públicas e atenção pediátrica foram derrubados no Congresso por ampla maioria. Além disso, seu partido sofreu uma derrota expressiva nas eleições provinciais de Buenos Aires, levando 34% dos votos, contra 47% da oposição.
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