O Parlamento italiano aprovou por unanimidade, nesta semana, a introdução do crime de femicídio como uma infração penal distinta, passível de prisão perpétua. A decisão ocorreu no Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, em um contexto de comoção nacional após o assassinato da estudante Giulia Cecchettin, de 22 anos, morta pelo ex-namorado em novembro de 2023.
Enquanto isso, no Brasil, uma pesquisa realizada pelo DataSenado em parceria com a Nexus revelou que aproximadamente 24 milhões de mulheres já foram vítimas de algum tipo de violência. O estudo indica que mais de 40% das agredidas sofreram prejuízos em seus estudos e em suas carreiras profissionais, e que 69% tiveram suas rotinas alteradas após as agressões.
A aprovação italiana foi impulsionada pelo assassinato de Giulia Cecchettin, cujo corpo foi encontrado esfaqueado e envolto em sacos às margens de um lago. O ex-namorado, Filippo Turetta, foi preso na Alemanha após uma fuga internacional e extraditado para a Itália, onde aguarda julgamento.
Com a nova lei, o assassinato de uma mulher por razões de gênero passa a ser um crime autônomo no código penal italiano, sujeito à pena máxima de prisão perpétua – uma resposta legal histórica à violência de gênero no país.
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