O influenciador digital João Paulo Manoel, conhecido como “Capitão Hunter”, foi preso nesta quarta-feira (22) em Santo André (SP), em uma ação conjunta das polícias do Rio de Janeiro e São Paulo. Ele é investigado por exploração sexual de menores, crime classificado como estupro de vulnerável e produção de pornografia infantil.
A denúncia partiu da família de uma menina de 13 anos, moradora do Rio, que mantinha contato com o youtuber por aplicativos de mensagem. Segundo o inquérito, Hunter teria mostrado as partes íntimas durante videochamadas e pedido que a adolescente fizesse o mesmo, afirmando que “amigos fazem isso”. As conversas foram descobertas pelos pais da vítima, que acionaram a polícia.
A Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (Dcav) descreveu o influenciador como um homem com “elevado grau de periculosidade”, que se aproveitava da popularidade entre o público infantil para atrair e manipular menores.
Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em endereços ligados a ele, e seus equipamentos eletrônicos foram recolhidos para perícia.
- Investigador é afastado após denúncia de abuso sexual contra presos no Amazonas
- Ian Watkins, ex-vocalista do Lostprophets condenado por abuso sexual, é assassinado na prisão
- Brasil registrou mais de 53 mil denúncias de imagens de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes em 2024
João Paulo Manoel construiu uma base sólida de fãs nas redes sociais, onde acumula mais de 700 mil inscritos no YouTube e cerca de 70 mil seguidores no Instagram.
Seu conteúdo é voltado principalmente ao mundo Pokémon, com vídeos sobre jogos, cartas colecionáveis e curiosidades do tema. Além da presença digital, o influenciador também criou a Pokecon, evento que reúne milhares de entusiastas da franquia em diversas regiões do Brasil.
A prisão temporária foi decretada pela Justiça do Rio, e os investigadores apuram se há outras vítimas. Até o momento, a defesa do youtuber não se manifestou.
Bookmark