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Inflação tem leve alta em novembro, mas segue dentro da margem do Banco Central

Inflação
(Foto: Reprodução)

A inflação oficial do país voltou a subir em novembro, mas ainda em ritmo moderado. O IPCA avançou 0,18% no mês, depois de registrar 0,09% em outubro, mantendo-se como o menor resultado para um novembro desde 2018. Mesmo com a aceleração, o índice continua dentro da banda de tolerância do Banco Central e acumula alta de 3,92% no ano.

No recorte de 12 meses, o indicador fechou em 4,46%, abaixo do limite superior da meta contínua, retomando um patamar mais confortável após meses de pressão. O resultado ficou um pouco melhor que o previsto por analistas, que esperavam alta de 0,20% no mês. A leitura de novembro foi marcada por movimentos contrastantes entre os grupos pesquisados.

Despesas pessoais e Habitação lideraram as altas, impulsionadas pelo forte aumento das passagens aéreas, que subiram 11,9%, e pela energia elétrica residencial, que avançou 1,27% diante dos reajustes aplicados em diversas capitais e da vigência da bandeira vermelha.

O impacto da COP30 em Belém também apareceu no índice: serviços de hospedagem dispararam na capital paraense, contribuindo para o avanço do grupo. Por outro lado, alimentos voltaram a apresentar deflação, com queda pelo sexto mês consecutivo na alimentação dentro de casa. Itens como tomate, leite longa vida e arroz tiveram recuos expressivos, suavizando a pressão inflacionária do período.

Transportes coletivos ajudaram a conter o índice, refletindo gratuidades concedidas em dias específicos, especialmente durante o Enem. Artigos de residência e produtos de higiene também registraram queda, reforçando a desaceleração em parte da cesta de consumo.

Apesar do quadro mais benigno, o mercado segue cauteloso quanto ao início do ciclo de cortes na Selic, hoje em patamar elevado. A leitura predominante é de que o Banco Central espera sinais mais consistentes de alívio nos serviços e nos preços administrados antes de reduzir os juros, movimento que, pelas projeções, deve ocorrer apenas a partir de março.

O INPC, índice usado no reajuste de benefícios, praticamente não se mexeu em novembro, subindo 0,03% e acumulando 4,18% em 12 meses.

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Henrique Romanine

Jornalista, colecionador de vinil e apaixonado por animais, cinema, música e literatura. Inclusive, sem esses quatro, a vida seria um fardo.

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