Vídeos divulgados nesta quarta-feira (06), provenientes de câmeras corporais, desmentem a versão apresentada por policiais militares para justificar a morte de Jeferson de Souza durante uma abordagem na cidade de São Paulo. As imagens mostram que a vítima estava desarmada, acuada e não oferecia risco quando foi atingida por três tiros de fuzil disparados pelo tenente Alan Wallace dos Santos Moreira, da Força Tática.
Além de Alan Wallace, o policial Danilo Gehring também foi preso preventivamente após uma análise dos materiais. Inicialmente, os agentes alegaram que Jeferson havia reagido e tentado pegar a arma de um deles, mas as filmagens comprovam que essa narrativa era falsa.
Jeferson aparece chorando e acuado, obedecendo todas as ordens dos PMs e ainda assim foi executado de forma covarde. Um dos agentes tentou esconder a gravação na câmera corporal, mas antes disso toda a ação foi registrada.
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O coronel Emerson Massera, chefe de Comunicação da PM-SP, afirmou que as imagens “contrariam completamente” a versão dos policiais. “Ele [Jeferson] estava tranquilo, conversando, e, do nada, o tenente atira três vezes com um fuzil”, disse. Massera classificou o caso como “vergonhoso” e “sem respaldo jurídico”, violando os princípios da corporação.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) emitiu nota mais uma nota genérica repudiando a conduta dos PMs e informou que um inquérito está em andamento na Corregedoria da PM. Em julho, a própria PM-SP já havia chamado o caso de “inaceitável”, após as primeiras investigações.
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