A Justiça do Distrito Federal condenou em definitivo o Hospital Santa Lúcia, em Brasília, pela morte de Marcelo Dino, em 2012. O menino, de 13 anos, era filho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino e faleceu após crise de asma e falhas no atendimento.
O hospital pagará R$1,2 milhão de indenização, valor que será doado integralmente. A decisão encerra uma disputa de mais de 13 anos e reconhece a responsabilidade da instituição.
Ao comentar a sentença definitiva, Dino afirmou que não buscava reparação financeira, mas justiça pela memória do filho:
A dor de perder Marcelo jamais será apagada. Pedimos à Justiça o reconhecimento de que houve falha no atendimento. A indenização não nos pertence; será doada integralmente para ações sociais, como forma de transformar sofrimento em solidariedade
afirmou o ministro.
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A criança morreu após demora no socorro, quando a médica responsável pela UTI pediátrica se ausentou do posto. O hospital negou omissão, mas o episódio deu origem ao processo que se arrastou por mais de uma década. Desde então, Dino passou a denunciar falhas médicas e defender maior fiscalização sobre hospitais.
Como deputado e senador, apresentou projetos para ampliar a regulação da rede privada e reforçar a fiscalização da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Como governador do Maranhão, investiu na expansão de hospitais regionais e criou programas de acesso gratuito a medicamentos para doenças crônicas — iniciativas que, segundo ele, nasceram também da dor pessoal transformada em política pública.
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