A Guarda Municipal de Porto Alegre (RS) usou balas de borracha, bombas de efeito moral e spray de pimenta para dispersar manifestantes que protestavam, na quarta-feira (15), na Câmara de Vereadores, contra a proposta do prefeito Sebastião Melo (MDB) de privatização do Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) e também outro projeto que impõe restrições ao trabalho de catadores de papel na Capital gaúcha.
A confusão começou depois que a presidente da Câmara, a bolsonarista conhecida como Comandante Nádia (PL), mandou fechar os portões da Casa, para barrar a entrada dos manifestantes. Pelo menos cinco vereadores e um deputado estadual foram atingidos pelas balas de borracha e outros artefatos usados pelos guardas municipais.
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“A Romu (Ronda Ostensiva da Guarda Municipal) atacou vereadores e cidadãos hoje com balas de borracha, bombas de efeito moral e gás de pimenta. Tudo isso porque pedimos à Comandante Nádia que as mulheres, idosos e crianças que esperavam do lado de fora da Câmara pudessem entrar. É assim que a extrema direita trata o povo em Porto Alegre! Não vão nos calar!”, protestou a vereadora Natasha (PT).
“Hoje aqueles que foram lutar por um DMAE público e de qualidade foram recebidos com bombas de gás, spray de pimenta e a guarda civil extremamente violenta indo para cima das pessoas. É inadmissível que o povo, ao ocupar a casa que deveria ser sua, seja tratado com violência. Professores e catadores que se manifestavam também foram atacados”, denunciou a deputada federal Fernanda Melchionna.
Bolsonarista pede para entrar armado
Durante a sessão, o vereador bolsonarista Marcelo Ustra (PL), apresentou requerimento pedindo autorização para entrar no plenário com arma de fogo. “Eu gostaria de pedir que os vereadores que possuem porte de arma de fogo possam se aberto os portões possam andar armados aqui no plenário para nossa segurança. Porque se abrir os portões sem o protocolo de segurança nós estaremos inseguros”, alegou ele.
O regimento interno da Câmara de Porto Alegre estabelece que o Serviço de Segurança da Casa é responsável por manter a ordem nas dependências do Legislativo conforme ordens da presidência “no sentido de manter a ordem nas dependências da Câmara, especialmente impedindo o ingresso de pessoas armadas no recinto, inclusive vereadores”.
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