Em uma coletiva de imprensa, o governador de Utah, Spencer Cox, revelou que “rezou por 33 horas” para que o autor do assassinato do influenciador político Charlie Kirk não fosse um residente de Utah ou mesmo dos Estados Unidos. A declaração foi dada horas após a prisão de Tyler Robinson, suspeito do crime.
Cox expressou profunda decepção ao constatar que o atirador era um jovem utahense, branco e heterossexual – ou seja, “um de nós”, nas palavras do governador.
Eu rezei para que não fosse um de nós. Para que fosse alguém de fora da nossa comunidade ou estado. Porque aí você pode dizer: ‘Nós não fazemos isso aqui.’ Mas foi um de nós. E isso parte meu coração
desabafou em um trecho da entrevista.
O governador classificou o crime como um “ataque aos nossos ideais” e alertou para o risco da violência política e da polarização no país. No entanto, sua fala gerou reações imediatas nas redes sociais, onde usuários o acusaram de xenofobia por desejar que o criminoso fosse de “fora” da comunidade, em contraste com seu histórico de apoio a políticas anti-imigração alinhadas a Donald Trump.
- Charlie Kirk pediu sanções ao Brasil, celebrou mortes palestinas e morreu por sua ideologia de ódio
- Trump reage à condenação de Bolsonaro no STF
- Ativista armamentista estadunidense é assassinado durante palestra
Há clara tentativa de distanciar a identidade local do autor do crime. Cabe lembrar que logo após o assassinato de Kirk, Trump culpou uma suposta “esquerrda radical”, tentando reverter o quadro de crescente reprovação de seu mandato.
Bookmark