O furacão Melissa alcançou nesta segunda-feira (27) o nível máximo da escala Saffir-Simpson, com ventos que ultrapassam os 260 km/h, segundo o Centro Nacional de Furacões dos Estados Unidos (NHC). O fenômeno se desloca lentamente pelo Caribe e deve atingir a Jamaica ainda hoje, provocando preocupação entre autoridades e moradores.
O governo jamaicano emitiu ordem de evacuação para áreas de risco em Kingston e outras seis localidades. Mais de 800 abrigos foram abertos em todo o país, e centenas de pessoas já foram acolhidas. Dois dos principais aeroportos da ilha — Norman Manley e Sangster — suspenderam as operações por tempo indeterminado.
Meteorologistas alertam que o ritmo lento do furacão pode agravar os impactos, com chuvas intensas e prolongadas, risco de deslizamentos e inundações.
As condições vão piorar rapidamente nas próximas horas. É perigoso sair após o pôr do sol
advertiu Jamie Rhome, vice-diretor do NHC.
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Antes de se intensificar, Melissa já havia deixado um rastro de destruição no Haiti e na República Dominicana, onde quatro pessoas morreram em decorrência de enchentes e deslizamentos. Imagens de drones mostraram comunidades completamente alagadas e isoladas pelo transbordamento de rios.
A tempestade segue agora em direção a Cuba e às Bahamas, onde também há alertas emitidos. O NHC classificou o fenômeno como o mais forte da história recente da região. Além de ameaçar populações locais, o furacão também pode interferir em operações militares dos Estados Unidos no mar do Caribe.
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