O ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy, começou nesta terça-feira (21) a cumprir pena de cinco anos de prisão, após ser condenado por conspiração no caso que investiga o suposto financiamento de sua campanha de 2007 com recursos do ex-ditador líbio Muammar Kadhafi. Aos 70 anos, ele se tornou o primeiro ex-chefe de Estado francês a ser preso desde a Segunda Guerra Mundial.
Sarkozy foi levado pela manhã à penitenciária de La Santé, no 14º distrito de Paris, sob forte esquema de segurança. Do lado de fora, dezenas de apoiadores se reuniram em solidariedade, atendendo ao chamado de seu filho, Louis Sarkozy. Em mensagem publicada na rede X, o ex-presidente afirmou que “a verdade prevalecerá” e classificou o episódio como uma “humilhação para a França”.
A prisão de Sarkozy ocorre menos de um mês após a confirmação da sentença. Ele foi considerado culpado de ter se associado a assessores que buscaram apoio financeiro junto ao regime líbio, embora negue qualquer envolvimento direto. O ex-presidente insiste que o processo tem motivações políticas e já apresentou recurso, mantendo-se legalmente inocente até decisão definitiva.
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Instalado em uma cela individual de nove metros quadrados, Sarkozy cumpre pena em isolamento, por questões de segurança. O espaço conta com cama, mesa, chuveiro e televisão. Ele poderá receber três visitas semanais e terá direito a uma hora de exercício por dia.
Antes de sua prisão, Sarkozy foi recebido pelo atual presidente Emmanuel Macron, que declarou ter agido “por humanidade” ao acolher seu antecessor. A defesa do ex-presidente classificou a detenção como “uma vergonha judicial”. O tribunal de apelação tem até dois meses para decidir sobre o pedido de liberdade apresentado por seus advogados.
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