A Justiça do Trabalho determinou na quinta-feira (27), por meio da Vara de Redenção (TRT-8), que a Volkswagen do Brasil pague R$ 165 milhões por danos morais coletivos. A condenação, considerada histórica, decorre da exploração de trabalho análogo à escravidão na Fazenda Vale do Rio Cristalino, em Santana do Araguaia (PA), entre 1974 e 1986.
Além da reparação financeira — a maior já aplicada em casos de escravidão no Brasil —, a empresa deverá reconhecer publicamente sua responsabilidade, pedir desculpas aos trabalhadores e à sociedade e implementar políticas de prevenção, incluindo canais de denúncia, auditorias independentes, cláusulas contratuais antiescravidão, treinamentos para gestores e relatórios de direitos humanos.
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O caso teve origem em denúncias feitas em 2019 pelo padre Ricardo Rezende Figueira, da Comissão Pastoral da Terra, e resultou em ação civil pública movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em dezembro de 2024. A Volkswagen anunciou que recorrerá da decisão, alegando cumprir a legislação trabalhista e defender os princípios da dignidade humana.
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