Dados estão disponíveis para consulta no Portal da Transparência do Legislativo
Mesmo tendo se licenciado do mandato em março para ir aos Estados Unidos em busca de sanções contra o Brasil para salvar seu pai, Jair Bolsonaro, da cadeia, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) continua custando dinheiro para o contribuinte brasileiro. Desde o início de 2025, o filho do ex-presidente trabalhou apenas 13 dias na Câmara, mas acumula despesas de mais de R$ 700 mil. Os dados são do Portal da Transparência do Legislativo.
O maior gasto foi com o pagamento de doze assessores de seu gabinete. Foram R$ 522.971,72 em dinheiro público para esse fim.
A segunda maior despesa foi com os salários do próprio parlamentar. Até março, quando pediu licença, Eduardo Bolsonaro recebeu R$ 136.740,90 pelo seu “trabalho” na Câmara.
O deputado do PL consumiu ainda quase R$ 70 mil do chamado “Cotão”, pelo qual os parlamentares são reembolsados mensalmente para custear gastos com combustível, passagens aéreas, aluguel de veículos, divulgação do mandato e manutenção de escritórios, entre outros. Desse total, R$ 33,586,73 foram para manutenção de escritório político, R$ 26.046,34 com aluguel de veículos, R$ 3.819,43 com passagens aéreas e mais R$ 4.537,24 com outras despesas não detalhadas.
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O valor do “Cotão” varia de acordo com o estado levando em consideração o preço das passagens aéreas até Brasília. Os deputados de São Paulo, estado pelo qual Eduardo Bolsonaro foi eleito, têm direito a R$ 42.837,33 mensais.
Cada parlamentar tem direito também a uma verba de gabinete de R$ 133.170,54 por mês para pagar salários de até 25 assessores, que trabalham para o mandato em Brasília ou nos estados. Eles são contratados diretamente pelos deputados, com salários de R$ 1.548,10 a R$ 18.719,88.
Na prática, muitas vezes esses assessores acabam servindo como cabos eleitorais dos parlamentares em seus estados. Encargos trabalhistas como 13º, férias e auxílio-alimentação deles não são cobertos pela verba de gabinete – são pagos com recursos da Câmara. Ou seja, o gasto final para o contribuinte acaba sendo ainda maior.
O filho de Bolsonaro – cuja família é conhecida por comprar imóveis com dinheiro vivo – também usou R$ 12.759,00 do auxílio-moradia.
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