O empresário Romeu Zema (Novo) assumiu o governo de Minas Gerais em janeiro de 2019 com um discurso de austeridade fiscal, corte de gastos, privatizações, tercerizações típico do ideário neoliberal conservador, sendo reeleito em 2022 com a mesma pauta. Um das principais críticas de Zema era a dívida acumulada pelo estado nas administrações anteriores.
Total da dívida de Minas chegou a quase R$ 200 bilhões com Zema no poder
Seis anos depois, porém, a gestão do governador do partido Novo contabiliza um aumento de mais de 60% no valor total dessa dívida. De acordo com do Boletim Estadual da Dívida da Secretaria de Estado da Fazenda de Minas, em agosto, o montante total dos débitos do governo mineiro atingiu R$ 196,16 bilhões.
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Em janeiro de 2019, o próprio Zema, ao tomar posse, alegou ter herdado uma dívida de R$ 114 bilhões, o que significa que o valor cresceu exatos quase 65% desde que ele chegou ao cargo até o mês passado.
Desse total, 87,69% dos débitos do governo de MG, ou R$ 172 bilhões são devidos à União.
Minas foi o último estado a aderir a programa de recuperação fiscal
A dívida de Minas aumentou exponencialmente no governo Zema mesmo com a ajuda do governo Lula, que criou Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados (Propag). O programa prevê prevê descontos nos juros e parcelamento do saldo das dívidas estaduais em até 30 anos. O prazo de adesão é de 15 de abril até 31 de dezembro deste ano.
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Além disso, há o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), que prevê o parcelamento e o escalonamento das dívidas com a União em troca de um plano de ajuste de gastos. O governo de Minas Gerais na gestão Zema foi último estado a aderir ao RRF, que entrou em vigor em 1º de janeiro e vai até 31 de dezembro de 2033.
Entre janeiro e julho deste ano, o governo Lula quitou R$ 2,378 bilhões em dívidas em atraso do governo mineiro.
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