Celebrado nesta quinta-feira (7), o Dia Nacional do Documentário Brasileiro homenageia o nascimento do cineasta baiano Olney São Paulo, um dos pioneiros do gênero no país. A data é um convite à reflexão sobre a importância dos documentários como ferramenta de memória, denúncia, expressão artística e transformação social.
Por isso, selecionamos cinco produções brasileiras que mostram a diversidade e a potência do documentário nacional. Confira:
1. Cabra Marcado Para Morrer (1984), de Eduardo Coutinho
Mais do que um filme, é uma aula de história. Iniciado nos anos 1960 e retomado duas décadas depois, o documentário acompanha a trajetória de João Pedro Teixeira, líder camponês assassinado na Paraíba, e sua esposa, Elizabeth. Uma obra fundamental sobre repressão, luta e memória. Em novembro de 2015 o filme ficou em quarto lugar na lista feita pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine) dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.
2. Jogo de Cena (2007), de Eduardo Coutinho
Neste experimento cinematográfico, Coutinho mistura atrizes e mulheres reais contando histórias pessoais diante das câmeras. O resultado é uma reflexão provocadora sobre a fronteira entre ficção e realidade, performance e verdade. O filme traz nomes como Marília Pêra, Fernanda Torres e Andréa Beltrão. Essa mistura de relatos reais e ficcionais desafia a noção de autenticidade e questiona os limites entre a vida e a representação.
3. Elena (2012), de Petra Costa
Intimista e poético, o filme acompanha a diretora em uma busca por compreender a morte da irmã que sonhava em ser atriz em Nova York. É uma jornada sensível sobre luto, memória e reconstrução emocional, com uma narrativa pessoal.
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4. Janela da Alma (2001), de João Jardim e Walter Carvalho
Com depoimentos de pessoas com diferentes graus de visão, entre elas José Saramago, Hermeto Pascoal e Wim Wenders, o documentário discute como enxergamos o mundo, seja com os olhos ou com a mente. Uma verdadeira reflexão filosófica sobre percepção e sensibilidade.
5. Nós que Aqui Estamos por Vós Esperamos (1999), de Marcelo Masagão
Montado a partir de imagens de arquivo e narrações, o filme constrói um retrato fragmentado do século XX e banaliza a vida e a morte para nos fazer refletir sobre ela.. Sem entrevistas ou personagens centrais, é um mosaico poético sobre o tempo, o anonimato e as marcas da história.
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