O secretário de Segurança Pública do governo Tarcísio de Freitas, Guilherme Derrite, afirmou a facção criminosa que adulterava combustíveis “prejudicou” os bandidos que falsificavam bebidas com metanol, matando pessoas. A declaração foi dada na tentativa de negar que a adulteração de bebidas tenha ligação com facções como o Primeiro Comando da Capital.
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“O crime organizado, lucrando exponencialmente tanto com a lavagem de dinheiro usando CNPJs de postos de combustíveis, mas lucrando com adulteração do etanol com o metanol, na verdade essa organização criminosa prejudicou esses criminosos que fazem a adulteração da bebida”, disse Derrite. “Agora, ligação entre eles, parece não haver, não tem nenhum indício até aqui de que eles estejam de fato juntos nesse processo, nessa cadeia ilícita”, ressaltou o secretário.
No final de setembro, Tarcísio disse que o problema das contaminações por metanol em bebidas alcoólicas seria “estrutural”, e não teria relação com o crime organizado. O governador fez a afirmação quando as investigações ainda estavam em uma fase preliminar. “Ou seja, o crime organizado adulterava o etanol para lucrar, e esse etanol contaminado acabou sendo usado por falsificadores de bebidas”, disse Derrite na ocasião.
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