O deputado distrital Thiago Manzoni (PL-DF) foi alvo de uma nota de repúdio da Universidade de Brasília (UnB) após fazer declarações graves contra a instituição e seus estudantes durante a sessão plenária da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) na terça-feira (16/9). O parlamentar afirmou que foi ameaçado por alunos dentro do campus e que a mentalidade dos estudantes é “moldada para matar quem pensa diferente”.
As declarações de Manzoni ocorreram no contexto do debate sobre o assassinato do ativista político norte-americano Charlie Kirk, ocorrido em 10 de setembro em uma universidade de Utah. O deputado usou o caso para criticar o ambiente universitário brasileiro.
Em seu discurso, Manzoni relatou:
Não sei bem quando foi, eu fui à UnB. E eu fui ameaçado, lá na UnB, pelos alunos da UnB. A mentalidade deles está sendo moldada para matar quem pensa diferente
comentou.
O parlamentar afirmou ainda que necessitou de apoio da Polícia Legislativa porque, segundo ele, o campus da UnB “disse que não poderia garantir minha segurança, tamanho era o nível de violência que eles juravam pregar contra mim”.
Manzoni prosseguiu em suas críticas:
Os alunos chamam as pessoas de ‘fascistas’ para ‘poderem matar’
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Ele também fez generalizações sobre o perfil dos estudantes:
Na melhor das hipóteses, os estudantes saem da UnB usuários de drogas, maconheiros
Em resposta às acusações, a UnB publicou uma nota de repúdio oficial, na qual classificou as declarações do deputado como “infundadas e graves”. A universidade afirmou que as palavras de Manzoni “desrespeitam estudantes, docentes e técnicos e atacam a missão constitucional das universidades públicas: produzir conhecimento, promover ciência e contribuir para o desenvolvimento do país”.
A instituição reforçou seu “compromisso com a liberdade de pensamento, a pluralidade de ideias e o diálogo democrático”, além de destacar sua tradição como “centro de excelência no ensino, na pesquisa e na extensão”.
Até o momento, Manzoni não apresentou provas ou registros policiais que corroborem sua versão sobre as supostas ameaças sofridas dentro do campus da UnB.
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